Foto: Cotrisul (Divulgação)
Direção da Cotrisul diz que chuvas atrasaram a colheita do grão, que está sendo armazenado nos silos da cooperativa
Os dias de sol têm sido marcados pelo intenso movimento de caminhões para descarregar trigo nas unidades da Cotrisul, próximas à BR-290, entre os municípios de Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. O fluxo é reflexo do esforço feito pelos produtores associados para colher nas janelas de clima favorável.
A cooperativa começou a receber trigo no começo do mês e registrou, até agora, a entrada de aproximadamente 130 mil sacos do produto. Outros 600 mil devem ser recebidos até o final da safra, que, em 2023 se estenderá até a metade de novembro, totalizando 43,5 mil toneladas.
- O cronograma vai se estender um pouco mais neste ano. Por um lado, o plantio ocorreu mais tarde e, por outro, a chuva tem atrapalhado a colheita - explica o gerente de assistência técnica e insumos da Cotrisul, Fábio Rosso.
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Ele explica que a qualidade alcançada nesta safra é menor porque o inverno foi marcado por mudanças bruscas de temperatura e poucos dias de frio intenso. Com isso, foram registrados casos de ferrugem, giberela e brusone.
– Mesmo quando se identificou a ferrugem cedo, o controle foi dificultado pela chuva. O produtor não conseguia entrar na lavoura para fazer a aplicação dos defensivos – detalhou.
Nem todos os produtores sentem o impacto econômico da quebra da safra de trigo da mesma forma. Segundo Rosso, alguns associados negociaram a colheita previamente (os valores variam, chegando a R$ 65 em média). A cotação atual é de R$ 55 para o saco de 60 quilos.
A Cotrisul vendeu 13 mil toneladas de trigo, entre a exportação e o mercado interno, que inclui a fabricação de ração.